sexta-feira, 11 de março de 2011

Entre 19 Paredes.

Então nós começamos a pensar novamente sobre aquelas velhas questões. Pensamos em tudo o que nós havíamos pensado antes, porém agora somos diferentes, agora nós não sabemos quem somos ou o que queremos, e o pior, ainda perdemos nosso tempo para tentar descobrir de onde viemos.

Imagine então se um dia nós acordarmos e percebermos que tudo o que nos faz viver não passa de uma fachada, uma fachada que encobre aquilo que nós realmente somos. De onde vem? Pergunta sem resposta. O que faz com que você se sinta assim? Também sem resposta. São perguntas assim que nos guiam em busca de alcançar não sei o quê. Embora os que pregam os termos técnicos da vida ofereçam respostas, respostas que não convencem em quase nada, mas ainda assim respostas. São essas malditas questões, inúteis, que aparentemente nos dão um por que de ser.

Ora, se há uma fachada (ou mais de uma) encobrindo a verdade provavelmente ela (ou elas) foi posta aí por algum motivo específico. Se for assim por que essa sede, vontade ou desejo, de sempre querer descobrir algo que não deve (aparentemente) ser descoberto? Só por que você não consegue entender o que está escrito nesta maldita fachada? (e eu espero sinceramente que a esta altura do campeonato você já tenha entendido do que eu estou falando, do contrário RUA!).

...

Então aqui estou eu sentado entre 19 paredes, foram construídas através de dias, meses e anos (alguns poucos anos). Nunca soube o porquê dessas paredes, eu nunca soube de onde elas vieram. Mas acontece que eu estou aqui, acontece que eu estou aqui a tempo o suficiente, talvez não, para já ter decidido quem eu sou o que sou e o que quero.

Na verdade eu não sei nem quem sou, nem o que sou e muito menos o que eu quero. Também não sei de grandes coisas a cerca de questões nobres da vida como o amor. Sobre isso até sei de alguma coisa, mas pelo meu estado atual acho que você, caro leitor, não deveria seguir meus conselhos.

Então qual é o propósito enfim disso tudo? Por quê somos obrigados então a carregar tal jugo sobre nossos ombros? O peso de não sabermos o porquê nem a razão de simplesmente estarmos aqui.

Eu não sei... E tenho certeza que vocês também não, portanto parem de ser assim, parem de fingir que estão preocupados com o lugar de onde vocês vieram, parem de mentir, abram as mentes e vamos apenas viver.

(Prometo que tentarei junto com vocês.)