terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Algumas Coisas

Você diz que já se machucou demais, mas a verdade é que você não esteve em tantas guerras assim, talvez bem menos do que imagine. Diz que tem medo e que não quer mais saber disso... Eu não sei se sua escolha está correta, também não sei se você vai sobreviver a isso tudo. Será mesmo que você tem tanta força assim? Talvez você seja mais forte do que eu afinal.

Por mais que você diga: “Está tudo bem, não se preocupe”. Eu ainda sou capaz de enxergar tristeza nos teus olhos? Aquela mesma tristeza de meses atrás quando você disse que sentia falta não sabia de quê e nem por que sentia falta, só sentia e pronto... Foram nesses dias que eu te conheci, um desses dias chuvosos, desses dias que parecem que vão ser apenas mais um nos 365, porém quando acaba lá está você com uma nova paixão no peito e intermináveis dúvidas.

Eu fiz de tudo pra não duvidar, ir em frente e arriscar como eu nunca tinha feito antes, afinal o que eu tinha a perder? Era só seguir o jargão: "Carregar, apontar e FOGO!" Mas não é tão simples assim, pelo menos eu não acho que as coisas sejam assim tão simples. E talvez por esse motivo você esteja mais certa do que eu na sua escolha. Nunca saberemos. Talvez o tempo, se for piedoso, nos diga qual é a resposta correta algum dia.

Ao fim disso tudo eu me pergunto? Se pra eles está dando certo, se pra todo mundo está dando certo pelo caminho alternativo?

– Ora bolas, mas eu não sou como todo mundo! Diz a consciência resignada.

- Mas ainda assim qualquer um está melhor do que você com toda essa sua “boa consciência”. Respondeu a razão com certa ironia.

- Eu não estou querendo ser boa, muito menos má, eu apenas sou. E é isso que EU sou...

A razão pensou por algum tempo e enfim sentenciou.

- Então você está com problemas minha jovem! Concluiu em um tom preocupado a debochada razão.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Flores & Chocolates 2.0 (Retórica) ou Ataque Cardíaco.


Lembra da última vez? Quando a gente disse que tudo poderia mudar. E até EU estava começando a achar que as coisas talvez pudessem mudar...
***
Você se lembra do que você queria há dez anos? Eu não sei ao certo se lembro do que eu queria, mas algo me diz que não era bem isso daqui que eu tenho hoje. Mas e aí, o que você gostaria de ter sido antes de você ser o que é hoje? Antes de todos os seus erros e pecados e de toda essa culpa.
Nós não precisamos nem voltar tanto tempo, nós podemos voltar apenas dez dias, ou até mesmo dez minutos, no instante em que eu recebi seu SMS que deve ter sido enviado do próprio Lago de Fogo do Inferno... Se bem que, ficar usando essas fábulas pra ilustrar tudo isto não cabe neste contexto, não cabem no MEU contexto e quem ainda se importa com essas bobagens, não se ofenda, mas EU acho que você pode estar perdendo seu tempo. Mas enfim, não era disso que eu estava falando...
Parece que tudo que me liga a você tornou-se amaldiçoado, os teus abraços, os sorrisos, as conversas e até teus SMS, tudo se perdeu. Mas afinal qual foi a razão disso tudo? Porque eu tinha que te ligar logo naquele instante? E mandar um maldito torpedo? Essas coisas não são reais, embora em algumas vezes elas consigam tocar a realidade, mas elas não dizem tudo, e nunca conseguiriam. Elas são incompletas eu sei. Mas mesmo assim VOCÊ vai ousar dizer que não entendeu o que eu estava te falando? Você vai continuar com essas mentiras?
Por que você mentiu? Não precisava ter mentido. Eu não iria te condenar, eu não tinha te condenado antes e não condenaria agora, e além do mais, eu não sou NADA seu pra te condenar (nem amigo e muito menos um irmão). Eu só queria que você não tivesse mentido, ou ao menos me contasse que você iria atirar aos céus tudo o que você tem de mais precioso, que iria viver sem medo, que iria abrir mão de tudo o que você tem de bom, que você alçaria aos céus com todos os seus diamantes...
Esse caminho que você escolheu agora é totalmente diferente do que aquele que nós tínhamos prometido seguir juntos, de mãos dadas e cabeças erguidas, mas agora eu não posso mais te acompanhar, eu até me desculparia com você, mas você não merece mais nada que venha de mim a não ser meu desprezo, você não chega nem a ser uma memória concreta em minha cabeça, nem mesmo um velho sonho, nada, nada, nada...
Eu já disse que eu não me importo com o caminho que você quer seguir, assim como também não me importo com quem você quer seguir. A partir de agora é problema seu, se ele vai comprar ou não as flores e os chocolates que você tanto quer o problema é SEU (mas será que você ainda merece depois de tudo isso?). Será que ele realmente percebe quando você chega? Ele notou que você mudou o cabelo? Ele sabe ao menos qual é a sua cor favorita? Ele se importa? No entanto, como eu já disse antes, isso não é mais da minha conta, EU não me importo.
Sabe do quê mais? (eu tenho que parar com essas perguntas retóricas) EU nem sei o porquê da minha “raiva” ou “ódio”, eu não sei ao certo, mas acho que há também um pouco de decepção...  Se bem que eu não faço mais questão de saber.
Não me importune mais, não me procure mais, não me chame mais, não venha mais, não me peça mais, não viva mais (até porque não existe mais amor dentro de você). Enfim, não encha mais o meu saco!
Tá tudo acabado, mesmo sem ter tido um começo. Até onde eu me lembro eu fui um dos últimos a chegar e pelo visto estou sendo o primeiro a sair, por que não tem mais espaço pra mim aqui, não tem mais jeito para nós.
Enfim...
Fim de um romance bobo.
***

(Na boa o cara que escreve essas merdas deve ser um otário...)
(E por que ele faz tantas perguntas retóricas se nunca sabe nenhuma resposta?)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Você quer Morrer no japão?

“Você vai acabar não chegando a nenhum lugar... Só vai se perder mais.”

***

Eu estou tentando. EU JURO. Mas não está dando certo. Os lugares que eu vou não são mais os mesmos lugares que eu costumava ir, os lugares que eu ia não me atraem mais, as casas parecem vazias, os sorrisos perderam graça em simples risos, risadas que não ocupam nem uma janela...

Não são as pessoas ao meu redor (talvez sejam), não são os lugares que eu estou indo (talvez sejam), não são as canções que eu tenho cantado (talvez sejam). A questão é que o problema pode não estar do lado de fora da casa, ou melhor, o problema pode ser comigo e em mim. Disso eu sempre desconfiei, mas a verdade é que, pelo menos eu acho, todo mundo tem um gostinho pelo drama, pela coisa com ares de impossibilidade, parece que quando é assim tudo fica mais bonito, o problema é quando você se acostuma a achar que tudo parece impossível.

Acho que perdi em algum lugar os finais felizes... Perdi a fórmula nos quais os finais felizes se encaixavam. Poderia ter perdido qualquer outra coisa, preferia ter perdido dinheiro. E olha que eu já procurei muito por eles (os finais felizes).

O fato é que eu tenho que continuar. Mando continuar, eu devo continuar? Talvez sim talvez não. Fato é que eu estou seguindo. Mas descontrolado, olho pra baixo e vejo o asfalto se mover sobre meus pés, mas eu não sei onde ele está me levando, não há controle algum, talvez eu vá parar no Japão... Talvez eu não pare, talvez eu nunca morra, talvez eu pare de escrever tanta bobagem...

***


“Você vai ler e talvez não entenda...

Talvez até ria disso tudo, mas é porquê você não sabe.”