quinta-feira, 1 de setembro de 2011

#meutunãosabeoqueaconteceu

Esse ‘post’ é somente um relato sobre um fato ocorrido em minha (pobre) vida nos últimos dias, não há o menor intuito, com este, de entretê-lo ou diverti-lo, portanto, se os pormenores de minha existência não te interessarem hoje, RUA!

A direção.


***

Em menos de 72 horas ela voltou, como se aproximadamente 1095 dias não fossem nada. Por certo ela supõe que estes dias foram ótimos, que eu ainda sou o mesmo que habita nas poucas memórias dela sobre mim. Pois bem, não sou. Acho que ela também já percebeu que não.

E ainda me vem com todo esse papo “fantasmagórico”, porém não percebeu que profecias, orações e bênçãos não fazem mais parte desta “versão do software”. Mas ainda assim ela veio, está vindo, está aqui. Estaria ela tentando despertar o monstro adormecido por anos em meu peito? Cujo último relato de uma aparição sua data de, aproximadamente, três anos atrás (algo em torno de 1095 dias). Não sei.

O que realmente me surpreende nisso tudo é justamente o fato disso não estar causando o efeito que eu achei que fosse causar. Afinal, depois de tudo! Depois do tempo perdido, da vida perdida (a minha), do amor perdido; achei que eu fosse mais fraco, achei que isto seria o suficiente para fazer com que eu retrocedesse à mentira de meus pais. Não retrocedi, pelo visto sou forte. Ou seria um mentiroso?
Eu pensei que fosse morrer (novamente), ou será que eu sou imortal?

Chego ao ponto de citar Dom Casmurro(que por sua vez cita Fausto): “Aí vindes outra vez, inquietas sombras!”. E como me inquietam essas sombras. Eu não sei, mas tenho certeza (quase absoluta) do lugar em que isso vai parar. Mas sabe do quê? Tomara que não pare, tomara que você continue vindo até alcançar meu coração, tomara que você me diga tudo, e que me revele sua alma, pois eu quero conhecê-la, quero saber tudo, entender todos os motivos pelo qual naqueles dias eu morri, entender qual é o motivo de agora ser diferente, estar lutando para não morrer novamente... Por que eu não quero morrer, mas quero viver para sempre ao seu lado (apesar disso soar tão brega).

E eu sei que é aí que habita a dúvida o erro e a provável morte. Eu sei que você não vai me ligar todas as noites, e que em algum momento quando eu te ligar você vai inventar alguma desculpa esfarrapada e dizer que vai dormir. Mas apesar disso, eu ainda acho que se a pessoa que você sempre gostou liga para você (quase) todas as noites e em alguns momentos chega a dizer que gosta de falar com você (você acreditando ou não) é sinal que alguma coisa, uma pequena coisa boa... Talvez uma pequena coisa boa esteja para acontecer, ou talvez, de determinado ponto de vista, esteja realmente acontecendo...

Há quem acredite que isso pode dar certo, que a vida pode ser feliz, que a gente acabe como um casal 'bocó' se chamando de “meu amor”... Mas eu não sei até onde conseguiria chegar, não sei se eu faria o seu mundo tão feliz e belo quanto você merece, se o amor bastar tudo bem, será para sempre. Mas se o amor não bastar, se você precisar de alguém que seja forte o suficiente pra você, alguém que possa lidar com sua vida tão atribulada, bom... Então talvez só amor não seja o bastante.

Esse texto não vai ter fim aqui por que “essa” novela ainda não teve seu capítulo derradeiro, mas eu espero que logo possa escrevê-lo para o bem da minha saúde...

4 comentários:

  1. Pela sua saúde, quero que chegue logo no capítulo final, meu caro.
    =*

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  2. Eu sou aquela que acredita que pode dar certo e que a vida pode ser feliz...


    Até em novelas medíocres com roteiros pré-determinados, o autor de vez em quando arrisca mudar o final... E no final das contas, está mesmo nas mãos dele.



    E só por que eu sei que (bem) no fundo você gosta...


    “Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento. “
    Clarice Lispector

    rsrsrsrrsrrhuahushaushua

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  3. AHEuhAEUhuAEHuhAu eu gosto dela sim (...) mas não da Clarice Lispector :P

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  4. Ponto ômega, alguém prossegue e alguém fica.
    Espero que você encontre algo que você possa intitular de "felicidade" e dar muito valor, tanto que morra de medo de perdê-la. Espero que a razão se apaixone por ela própria, para que ela consiga confiar o suficiente na independência emoção... que também sofre ao não ter para onde correr.

    Cumplicidade consigo? (retórica)

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