sexta-feira, 11 de maio de 2012

Um par.

Dia desses a gente acorda, vai ao banheiro, olha o espelho, faz o eterno ritual. Vai ao quintal, olha para o céu e passa um café. Não que alguém realmente vá se interessar por isso, cada um que tenha seus rituais, mas no fundo, vai pensar que seria legal que alguém compartilhasse desses rituais, no fundo você só está pensando em encontrar alguém para aumentar a “congregação” destes “cultos” pessoais.

É engraçado que você vai ficando mais velho (isto dito por alguém com pouco mais de 20 anos, não confere muita autoridade) e começa com aquele papo ‘clichê’ que diz: “já está na hora de arrumar um par para esse sapato 'velho' e solitário”. Claro que esse é o papo dos que nem conseguiram um par quando novos, e tendo vivido alguns anos mais, tentam usar a passagem do tempo como justificativa.

Mas enquanto a panela não for tampada, a laranja cortada não encontrar a outra metade, e todo esse lenga-lenga sobre gente que quer encontrar um alguém legal e que se identifique o bastante para aturar pelo resto da vida (afinal é disso que se trata a maior parte da busca); continua acordando cedo, indo ao banheiro e olhando o espelho, repitindo o ritual; mais uma vez estará no quintal, vai olhar para o céu e encher o coração (talvez o pulmão, já que é este que se enche de ar) de esperança mais uma vez.

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