quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Você quer Morrer no japão?

“Você vai acabar não chegando a nenhum lugar... Só vai se perder mais.”

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Eu estou tentando. EU JURO. Mas não está dando certo. Os lugares que eu vou não são mais os mesmos lugares que eu costumava ir, os lugares que eu ia não me atraem mais, as casas parecem vazias, os sorrisos perderam graça em simples risos, risadas que não ocupam nem uma janela...

Não são as pessoas ao meu redor (talvez sejam), não são os lugares que eu estou indo (talvez sejam), não são as canções que eu tenho cantado (talvez sejam). A questão é que o problema pode não estar do lado de fora da casa, ou melhor, o problema pode ser comigo e em mim. Disso eu sempre desconfiei, mas a verdade é que, pelo menos eu acho, todo mundo tem um gostinho pelo drama, pela coisa com ares de impossibilidade, parece que quando é assim tudo fica mais bonito, o problema é quando você se acostuma a achar que tudo parece impossível.

Acho que perdi em algum lugar os finais felizes... Perdi a fórmula nos quais os finais felizes se encaixavam. Poderia ter perdido qualquer outra coisa, preferia ter perdido dinheiro. E olha que eu já procurei muito por eles (os finais felizes).

O fato é que eu tenho que continuar. Mando continuar, eu devo continuar? Talvez sim talvez não. Fato é que eu estou seguindo. Mas descontrolado, olho pra baixo e vejo o asfalto se mover sobre meus pés, mas eu não sei onde ele está me levando, não há controle algum, talvez eu vá parar no Japão... Talvez eu não pare, talvez eu nunca morra, talvez eu pare de escrever tanta bobagem...

***


“Você vai ler e talvez não entenda...

Talvez até ria disso tudo, mas é porquê você não sabe.”

3 comentários:

  1. A bobagem é relativa, assim como o tempo.
    Este é o tempo de você explorar algo jamais explorado, escrever na tua história algo que teus antepassados nunca escreveram. Talvez, como eu, você não saiba tudo que teus antepassados escreveram... Mas é a tua chance de se autorealizar e escrever algo para o futuro. (Que também seria relativo?!)

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