sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Preponderante e o Inevitável (Especial de duas décadas)

Quando você pensar que tudo terminou, que chegou onde podia, não onde queria, que ‘combateu o bom combate’; lembre-se que você ainda pode ter um pouco mais de estrada a percorrer...

(...)

Tão clichê quanto acordar e abrir os olhos, é inevitável fazer o ‘balanço geral das operações’ no dia em que fazemos nossa estréia no planeta. Mais clichê que isso tudo é escrever um texto para por num blog, que é tão clichê quanto outros que falam de ‘emoções’, ‘revoltas’ e tudo o mais que as pessoas vem por aí em blogs dessa categoria.

Mas não deixa de ser pretensioso achar que do alto de duas longas décadas (ui, como ele viveu muito!) a vida se esgotou, que viveu todos os amores, que cantou todas as canções... No entanto, eu não ousaria- dizer para um garoto de 9 anos que molha seu travesseiro pela primeira vez, com as inéditas dores de uma coisa nova, para ele, chamada ‘amor’; usar o velho discurso (minha opinião [e de quem mais seria, se o blog é teu?]) hipócrita de que “Ahh meu jovem rapaz, já passei por isso, o tempo trata de curar. Olhe para mim, hoje sou uma pessoa cujos olhos brilham com a alegria do nascer de um novo dia. E você irá superar, trata de levantar, enxugar estas lágrimas tão banais e vai escovar os dentes para ir ao colégio”. Não se usa uma mesma medida para pesos diferentes.

O que aparenta ser, talvez um impulso neurológico, ou obra dos deuses, é que os momentos tristes são os mais ‘benéficos’, isto pelo fato de que a apreciação dos momentos de alegria (sempre e cada vez mais raros) só é verdadeira e melhor vivida uma vez que o sujeito passou a provação do martírio, seja qual for, seja pelo que for; não serei eu o juiz.

Resta refletir sobre nosso ato-único nesta peça e neste palco (isso soa tão Pedro Bial em eliminação do BBB...), cabe saber dos monólogos e compreender os diálogos, estudar as expressões e analisar as facetas, perceber as reações da platéia.
E quando as cortinas finalmente se fecharam... Ecoarão aplausos ou vaias? Que importará? Então não é verdade que o que importa é que você faça o que quer sem se importar com o que os outros pensam? Se fosse assim, para que trazer tantas pessoas para assistir o teu espetáculo então?

*e o eliminado, com 99% dos votos, é VOCÊ [fulano]... vem pra cá receber o carinho e apoio dos teu familiares que tanto te amam..*(RISOS)
(...)

Uma interessante idéia surge ao alcançar as duas primeiras décadas de existência... E se daqui a mais 7 anos, na idade cabalística onde os grandes alcançam o limite da glória, onde as estrelas brilham seu brilho intenso e derradeiro... Alcançarei eu a merecida glória (merecida sim, eu acho u_u)? Só o futuro dirá, não perca nosso próximo post, nesse mesmo blog, nesta mesma internet (ou não)...

(...)

As ondas castigavam por todos os lados, o gosto de água salgada deixava enjoado, o corpo já não tinha mais forças começava a submergir, as imagens tornando-se difusas a cada segundo... Uma mão lhe segura, o puxa para cima, o ar puro parece lhe aliviar mais do que o corpo castigado, quase como se a alma alcançasse independência física. Mas as mãos eram fracas, aparentavam não ter força... Começava a submergir mais uma vez...

Um comentário:

  1. Parabéns moço! Não só pq faz duas décadas de vida.. Mas por ser esse cara que escreve muiito, esse cara brilhante, que toca violão *-* que eu gosto muito. Obrigada por fazer parte da minha pequena peça de teatro e por me deixar fazer parte da tua. Te desejo tudo de mel e que no fim sejamos aplaudidos =)

    ResponderExcluir