segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Vacancy (No Vacancy)

Deveria ser mais fácil pra mim, falar de amor... Ou mesmo de amores. É engraçado como a gente sempre acha que sabe já sabe de tudo sobre nós mesmos, ou que já sentimos tudo que poderíamos sentir. E mais engraçado ainda é como isso tudo soa repetitivo, talvez por que a vida seja repetitiva ou os amores estejam se repetindo.

Essa situação pode ser tudo, menos engraçada. Eu não vejo graça na dor ou nas feridas de ninguém, e apesar disso parece que um inconsciente desejo masoquista me atrai para as mesmas covas rasas nas quais eu costumo me jogar, aonde eu me machuco, me recupero, levanto e me jogo novamente... Eu não sei por que, mas eu faço isso.

Tal qual um animal irracional eu fico de longe observando aquele lugar, como um rato de laboratório experimentando um pedaço de queijo que dá choque, ele sabe o que vai acontecer ao pegar o queijo e acaba aprendendo... Nesse ponto eu me diferencio do rato, pois eu nunca aprendo, lá vou eu me jogar outra vez, apenas mais uma vez. Lá naquela cova eu espero encontrar alguma coisa diferente do que eu já vi lá, até por que eu já soube de gente que encontrou o que procurava que entrou e nunca mais saiu, mas toda vez que eu me jogo nesse maldito buraco que é o amor eu me machuco, e pelo visto eu continuarei me jogando nele até que eu aprenda ou morra.

Sempre vem do mesmo jeito, com a subjetividade de um detalhe qualquer, “parece que dessa vez será diferente” é o que eu digo, mas eu acabo quebrado em pedaços pequenos como da última vez. Nada muda, talvez o rosto mude, o nome mude, o número do telefone mude, mas no fim acaba do mesmo jeito. Vem e vai como que não quer nada, como um detalhe que nem deveria estar ali.

Mas afinal, por quê nós amamos? Existe um por quê? Ainda que exista, será que é o suficiente pra se dizer que vale a pena se atirar novamente? Eu sou mais irracional que o rato de laboratório. E se vocês me dão licença, eu vou juntar os pedaços que se espalharam por causa da última queda que não foi tão grande quanto às anteriores, mas ainda assim foi dolorosa, mas eu acho que estou começando a aprender...

***

“E mais tarde eu vou olhar o que tem no fundo daquele buraco, parece que não está vazio! Acho que dessa vez eu encontro alguma coisa!”

Um comentário:

  1. legal, mas o ser humano é assim, pra mim, "ser humano nao passa de um animal mais burro do planeta, mas que aprendeu a usar a inteligencia pra ter o q qr, o q acaba por ser se destruir", tem que se aprender com os erros, e ir contra esssa natureza, o choque de ir contra os seus quereres simplorios e animalescos, é quase um sacrilegio, mas é o necessario para ter uma existencia melhor n acham?...^^ T. E.

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